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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Momento atual do mercado de resseguro e o que há para melhorar

Em um balanço desde a abertura do mercado ressegurador, pontos positivos e o que há para melhorar, Paulo Eduardo de Freitas Botti, presidente da Terra Brasis, destacou que de um total de R$ 9 bilhões em volume de prêmios de resseguro cedido pelas seguradoras brasileiras, 70% da colocação está com o IRB-Brasil RE e que o mercado é bastante importador.

“Na época do monopólio do IRB, o mercado brasileiro ficava com 50% do volume do prêmio de resseguro após a retrocessão. Percentual hoje que está entre 30% e 40%, o que é uma vitória, pois com o mercado aberto este percentual de prêmio retido é considerável”, analisou.
Botti também destacou que entre os 40 maiores grupos resseguradores mundiais, 36 operam no Brasil e que 90% dos profissionais do setor têm nível superior. “É a indústria de mais alto nível visto até hoje”, complementou.

Próximos passos

Na visão do executivo da Terra Brasis, falta inovação. “Há uma carência em trazer para o Brasil experiências internacionais das resseguradoras e o que foi feito até hoje é muito pouco em termos de inovação. Os processos integrados de mercado, colaboração e compartilhamento, são muito importantes”, afirmou.

Ele também falou sobre a carência de um sistema para dinamizar a colocação de resseguros no País e neste sentido, comentou a iniciativa da CNseg com a criação da central de serviços. “O que talvez possa ser um organismo muito utilizado pela área de resseguros”, disse.

Um terceiro aspecto por ele colocado foi o financeiro. “Nós temos um preço igual a todos (nivelado ao mercado internacional), porém com um custo operacional muito maior. É preciso também que sejam feitos ajustes na regulamentação, pois antes da abertura o mercado era unicamente doméstico. A legislação foi feita para cessão de riscos locais, nunca se preocupou com a questão de aceitação de riscos no exterior”, disse.

Ele defendeu que práticas de mercado precisam ser melhoradas, como a solicitação para que reseguradoras locais declinem da aceitação de riscos para colocá-los no exterior, oferecendo ou não vantagens em negócios futuros. “Além disso, mudanças bruscas e práticas ruins colocam em risco não só o resseguro, mas o mercado local de seguros corporativos. Isto é o que está em jogo. Temos um mercado competitivo, cheio de vigor, temos potencial tecnológico e humano. Não podemos deixar que este entusiasmo se perca”, finalizou.



Fonte: CQCS.

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